sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ação e reação

Acho interessante provocar certos estímulos nas pessoas, como mostrar a ela uma música que marcou sua infância, um cheiro que marcou determinado momento. Acho mais interessante ainda o fato de podermos, ao mesmo tempo que elas, ter uma impressão completamente subjetiva sobre o mesmo objeto de estudo, com caminhos e resultados totalmente diferentes, afinal, o mesmo cheiro que marcou determinado momento para aquela pessoa pode ter sido marcante em um momento vivido por mim, porém eu não consigo me relacionar com a experiência do outro.
A partir dai podemos entender o porque de certas pessoas terem a tendência de se aproximar e se relacionar mais facilmente, quando tiveram momentos com marcos semelhantes, elas relacionam-se, projetam-se na outra. Quanto mais semelhanças, mais fácil o convívio se torna, já que pelo elo de conexão com a experiência vivida pela outra pessoa, sabemos o que esperar do comportamento do outro. Isso, é claro, não é um método totalmente eficaz de relacionamento, pois as pessoas são capazes de mudarem o seu ponto de vista acerca do que foi vivido, mudando suas respostas possíveis para problemas que envolvam aquele determinado fato marcado por aquela peculiaridade (visão, audição, olfato, tato).

Sempre que conhecemos alguém, é do nosso instinto de sobrevivência social procurar por diferenças gritantes que impossibilitem a nossa convivência.

Acredito que a eterna busca do ser humano é compreender seu próprio comportamento, pois existem, de fato, milhares de maneiras de se reagir a um acontecimento mas, em alguns casos, conseguimos prever qual comportamento será adotado. Podemos diminuir o leque de reações que a pessoa poderia ter, levando em consideração seu passado e o seu comportamento atual, mas mesmo assim sempre irão existir exceções a regra. A pergunta que fica é, será que é possível realmente prever o comportamento humano? Mesmo que seja, será que nos tornaríamos robôs, limitados a determinadas reações ou, mesmo entendendo e prevendo tal comportamento, as exceções continuariam a liderar o mundo?
Se um dia soubermos como devemos reagir a tal fato, seria considerado conduta criminosa reagir de outra forma? O que nos leva a reagir de tal maneira é, num todo, mais forte que a própria consciência de ação futura?

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