terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

controle de temperamento

"Uma vez havia um garoto que tinha um temperamento muito difícil. O pai desse garoto lhe deu um saco com pregos e disse que, toda vez que ele perdesse sua paciência, ele deveria martelar um prego atrás da cerca. No primeiro dia o garoto enfiou 37 pregos na cerca. Em algumas semanas, conforme ia aprendendo a controlar seu temperamento, o número de pregos martelados por dia foi reduzindo gradativamente. Ele descobriu que era mais fácil controlar seu temperamento do que martelar todos aqueles pregos na cerca... Finalmente, chegou o dia em que o garoto não perdeu a paciência. Então, ele contou ao seu pai e este sugeriu que ele retirasse um prego por dia cada vez que ele conseguisse controlar sua irritação. Finalmente chegou o dia em que o garoto havia retirado todos os pregos da cerca. Então, seu pai segurou sua mão e levou-o até a cerca e disse: "Você foi muito bem meu filho, mas olhe os buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma." Quando você diz coisas com raiva, tais coisas deixam cicatrizes exatamente como estas. Você pode enfiar uma faca em um homem e retirar. Não vai importar quantas vezes você peça desculpa, o buraco vai estar lá do mesmo jeito. Um ferimento verbal é tão ruim quanto um físico."

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

amor pra vida toda, toda vida

Sabe aquele casal de velhinhos que você cresceu imaginando? Se você é parecido comigo, você imaginou a vida inteira deles, desde o momento que se conheceram até o momento que um deles teve que partir. As vezes você criava uma história trágica, sabe? Já que nem sempre as coisas dão certo, ou pelo menos a vida me fez ver desse jeito.
Em outros momentos você imaginava um épico sem limites, o maior amor que já aconteceu na história da humanidade. Tudo dependia do seu humor e da sua vida, ou pelo menos da minha, as vezes imaginava-me como o protagonista, entretanto, não eram raros os momentos em que eu era simplesmente fruto desse amor. "Imaginação fértil, criança.", alguém mais velho me diria com certeza, se soubesse.

Então, eu quero simplesmente uma história, completamente minha, sem final escrito. Quero viver um amor maior do que qualquer um que passou pela minha vida, mas como também diria alguém mais velho se soubesse, "Querer não é poder.".

Eu acredito sim, em um amor pra vida toda, ou toda vida, como queira. Sei que ele existe e está só me esperando, não acredito que haja a necessidade de sair procurando, mas a vontade é grande. Espero que não demore, enquanto não chega sigo moldando minha vida do jeito que posso e quero, tentando tornar-me a melhor pessoa possível para a minha futura família.

Algo que muitos de minha idade considerariam uma besteira, mas considero a família o bem mais importante que cada um pode ter, não vejo outro sentido para a vida senão o de ter uma vida familiar bem sucedida.

Engraçado que tenho dois grandes males, talvez por isso dê tanta importância a coisas que alguns não dão. Acredito no amor, mas mais do que isso, nas pessoas também.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

vibe, inovação

Em um dos meus vários momentos de divagação, peguei-me pensando sobre o porque de eu gostar dos mais variados estilos musicais, fui um pouco mais além e percebi que não é só com músicas que isso acontece, acabei notando que me adapto muito facilmente aos mais diversos grupos.
Talvez seja meu destino sabe? Entender um pouco de tudo, conseguir compreender o porque das pessoas gostarem de determinada coisa, aproveitar a energia única de cada grupo, sem compará-lo com outro, ter a capacidade de aproveitar o momento como se aquela fosse a minha energia.

Isso pode ser considerado bom para a profissão que escolhi, mas as vezes me sinto perdido, como se eu não tivesse um lugar só meu sabe? Ao mesmo tempo que sou do mundo, parece-me que não tenho um lugar nele. Tenho vários amigos e mesmo assim as vezes consigo me sentir sozinho, porque? Acredito que a habilidade de projetar-se nas pessoas para ser capaz de entende-las pode ser considerada uma benção e uma maldição.

Gostei de algo que li recentemente, dizia que o objetivo da nossa vida não é viver eternamente, mas criar algo que consiga sobreviver ao tempo. Quando li isto, por algum motivo, uma parte de mim se pegou sonhando com a criação de algo que revolucionasse o comportamento humano em sociedade, algo que mude a maneira como o ser humano se relaciona, não somente entre si, mas com o ambiente como um todo. Infelizmente me parece muito difícil criar algo assim, espero que exista alguém nesse mundo que consiga criar tal coisa, que exista de fato algo capaz de aumentar o respeito, a consideração, e de diminuir a criminalidade e a covardia.

Falo de algo científico, um novo meio de interpretar as relações humanas e não humanas, talvez um instrumento de conscientização, quem sabe?

Uma outra parte de mim, entretanto, é mais pessimista. Ela fica pensando: "Como alguém conseguiria criar algo completamente novo? Como alguém já não teria pensado nisso antes? Afinal, somos mais de 6 bilhões de pessoas nessa esfera meio achatada, porque alguém, agora, depois de milhares de anos de civilização, conseguiria criar tal coisa?"

Pode até parecer que sou bi, ou talvez tripolar, mas existe uma terceira parte em mim que está gritando: "Não precisa ser algo completamente novo, pode ser apenas um rearranjo de partes já criadas, com algumas interpretações novas."

sábado, 16 de fevereiro de 2013

no meu sofá quentinho

As vezes cansa sabe? Essa transição é chata e entediante em alguns momentos, em outros torna-se odiosa e, em certos, percebemos o quão bela a vida pode ser.
Transição? Qual? Refiro-me à entre a época na qual você dormia no sofá e acordava na cama, para o momento em que é você que carrega, o pequeno, em seus braços até o quarto dele.
Não, eu não conclui a transição, ainda estou no começo do processo em minha opinião, por isso este desabafo, as responsabilidades, as cobranças, tudo isso me deixa cansado, é um universo completamente diferente daquele em que somos criados, ou pelo menos alguns de nós...
O grande choque gerado pela primeira cobrança real de uma responsabilidade que você tinha e que não cumpriu é terrível. Você fica sem saber o que fazer, é como se de repente começassem a tirar o seu chão, e não houvesse nada que você pudesse fazer.

Não, eu não preciso que alguém venha me falar que a vida consiste dessas coisas, eu sei disso. Eu sei que isso é inevitável, que um dia teremos que lidar com tudo que a vida tem a oferecer, sei que no começo somos apenas preparados para o mundo adulto, a vida é como uma escola, porém as provas só começam a serem aplicadas a partir de determinada idade.

Quanto mais ricos, mais tarde as provas começam a serem aplicadas, porém a partir de um determinado momento isso começa a causar prejuízos para o caráter da pessoa, começam a ficarem mimados, preguiçosos e desleixados, pois nunca foram cobrados.
Isto, é claro, sem entrar no mérito de que existem acontecimentos na infância que começam a moldar a sua especificidade enquanto pessoa, já começando a produzir o ser humano final. Tentam, inclusive, interferirem no mundo infantil, tentando proteger os mais fracos para, somente, aumentarem o choque da diferença das duas épocas, pré e pós sofá.

Esse é um relato de alguém que tem seus vinte anos e está cansado, momentaneamente, mas que tem fôlego para o resto do caminho. Grandes coisas nos esperam, persistas e verás. Podemos nos encontrar no fim do caminho ou dar tchau no meio, depende de você.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

possíveis futuros

Homens espalhavam-se no espaço, iluminados por diversas estrelas, em todas as direções e sentidos possíveis, movendo-se, correndo, convergindo e lutando entre si, batalhando para chegarem em algumas linhas que brilhavam com uma cor dourado vivo, linhas da verdade. Tudo que acontecia em tais linhas pertencia a um ramo real da história original, todos os outros universos eram apenas especulações possíveis de acontecimentos antigos.
Cada estrela iluminadora daquela imensidão era um acontecimento em uma linha da verdade, marcos significativos para a história original.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ilusão (s.)- Crer no que não existe.

Já ouvi dizer que quando você acredita em algo, aquilo se torna real, ao menos para você. Alguns usam deste argumento para provar a existência de deus, e sou obrigado a concordar com tais pessoas, deus existe. Talvez não da maneira como você acredita, porém é impossível dizer que algo que tanto influencia nossa sociedade, como o conceito de deus, não existe.

Nos iludimos quase que diariamente, seria até embaraçoso contar quantas vezes uma pessoa se iludiria durante a vida. Ilusões são perigosas quando usadas como fundação para algum pensamento ou ideologia, pois você acabará construindo seu edifício em algo que, mais cedo ou mais tarde, irá desmoronar. Diante de tantas ilusões existentes, sobre as coisas mais variadas, existe uma que me incomoda, muito.

A ilusão de achar que uma coisa é melhor do que a outra pelo simples fato de ter sido mais difícil de se obter, de acreditar que o caminho mais difícil é o melhor.

Muitas vezes as coisas simples são fáceis, nós é que as complicamos, duvidamos de sua veracidade e impomos à elas uma série de obstáculos para que elas possam provar que são, de fato, boas. Besteira. Nessa brincadeira de criança, nesses testes, algumas vezes perdemos a essência verdadeira do que aquilo nos causava, fazia-nos sentir, e quando isso se perde amigo, não adianta correr atrás, porque nada que você faça vai resgatar o que se perdeu. Independente de você, no final de tudo, conseguir aquilo de volta, saberá que alguma coisa mudou.

Maldita ilusão, que nos faz brincar com coisas que deveríamos somente apreciar.


domingo, 10 de fevereiro de 2013

interações

O tempo é impressionante, brinca com a nossa vida e nos faz mudar, mesmo sem querermos.
Engraçado como aqueles amigos para uma vida toda que você tinha ano passado as vezes não estão mais tão presentes ou então aquele amor eterno que acabou mês passado.
Acredito que temos que aprender, conformarmo-nos de que somos o único personagem que nunca sairá de fato de nossas histórias. Independente do que acontecer, precisamos nos amar, confiar em nós mesmos e saber que coisas importantes não podem ser deixadas para depois e nem delegadas para que outros as executem.

"I'm the hero of this story, I don't need to be saved"

Cada pessoa que entra na nossa vida muda algo em nós, acrescenta algo porém também leva algo consigo. Acredito que essa troca, muitas vezes puramente espiritual, seja o fator que mais incrementa o nosso ser. Não devemos ficar tristes pelas pessoas afastarem-se, muitas vezes o dever delas conosco já foi cumprido e devemos seguir nosso caminho, com novas interações sociais. Conhecer outras pessoas é parte essencial da transformação do nosso caráter, saber lidar com situações novas, criadas por essas pessoas diferentes, nos torna mais flexíveis e molda-nos no que seremos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

momentos

Me pego as vezes, horas depois de um fato ocorrido, pensando aonde eu estaria naquele momento se não fosse por aquele acontecimento único. Engraçado como um único momento pode mudar completamente o curso do seu dia, e quando penso nesses momentos, por alguns segundos consigo viajar até uma dimensão paralela onde aquilo nunca aconteceu.

Me pergunto se isso é algum tipo de nostalgia, mas seria certo sentir saudades de algo que nunca aconteceu?

Após acidentes me sinto assim, não que eu tenha estado perto de muitos, mas parece que a adrenalina me leva longe, muito mais longe do que deveria.

Não podemos porém, viver nostálgicos. Essa afirmação, um tanto quanto óbvia, é muitas vezes desrespeitada por pessoas como nós. A vida na nostalgia não nos levaria a lugar algum, remoendo mágoas e sendo algemados na cadeira, para que nunca pudéssemos seguir adiante.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

impensada morte, coragem


Mar salgado e gelado a nossa frente,
Junto com um futuro impensado até o momento.
Um “bom dia” nos separava, brincando com nossas imaginações,
Se fazendo verdade em sonhos nossos.
Uma música ao fundo, juras de amor a nos circundar,
Nada feito, tudo adiado, sem saber do prazo
Todos se espantaram com a fatalidade, no dia após
Ela então sentou-se, chorou e amaldiçoou a sorte,
Sem se lembrar que a culpa era dela, também, de ter se calado,
Quando podia aos quatro ventos ter mostrado o seu amor.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ação e reação

Acho interessante provocar certos estímulos nas pessoas, como mostrar a ela uma música que marcou sua infância, um cheiro que marcou determinado momento. Acho mais interessante ainda o fato de podermos, ao mesmo tempo que elas, ter uma impressão completamente subjetiva sobre o mesmo objeto de estudo, com caminhos e resultados totalmente diferentes, afinal, o mesmo cheiro que marcou determinado momento para aquela pessoa pode ter sido marcante em um momento vivido por mim, porém eu não consigo me relacionar com a experiência do outro.
A partir dai podemos entender o porque de certas pessoas terem a tendência de se aproximar e se relacionar mais facilmente, quando tiveram momentos com marcos semelhantes, elas relacionam-se, projetam-se na outra. Quanto mais semelhanças, mais fácil o convívio se torna, já que pelo elo de conexão com a experiência vivida pela outra pessoa, sabemos o que esperar do comportamento do outro. Isso, é claro, não é um método totalmente eficaz de relacionamento, pois as pessoas são capazes de mudarem o seu ponto de vista acerca do que foi vivido, mudando suas respostas possíveis para problemas que envolvam aquele determinado fato marcado por aquela peculiaridade (visão, audição, olfato, tato).

Sempre que conhecemos alguém, é do nosso instinto de sobrevivência social procurar por diferenças gritantes que impossibilitem a nossa convivência.

Acredito que a eterna busca do ser humano é compreender seu próprio comportamento, pois existem, de fato, milhares de maneiras de se reagir a um acontecimento mas, em alguns casos, conseguimos prever qual comportamento será adotado. Podemos diminuir o leque de reações que a pessoa poderia ter, levando em consideração seu passado e o seu comportamento atual, mas mesmo assim sempre irão existir exceções a regra. A pergunta que fica é, será que é possível realmente prever o comportamento humano? Mesmo que seja, será que nos tornaríamos robôs, limitados a determinadas reações ou, mesmo entendendo e prevendo tal comportamento, as exceções continuariam a liderar o mundo?
Se um dia soubermos como devemos reagir a tal fato, seria considerado conduta criminosa reagir de outra forma? O que nos leva a reagir de tal maneira é, num todo, mais forte que a própria consciência de ação futura?