quarta-feira, 17 de abril de 2013

sociedade injustiçada

Estudantes e professores tem uma certa tendência a esbravejar verdades subjetivadas coletivamente, mas não tão coletivamente assim, sobre como a sociedade e seus valores, impostos a nós, manipulam o comportamento humano. Pergunto então, o que é a sociedade senão nós mesmos? Vejo a sociedade como um tipo de corpo, materializado pelo coletivo de diversas pessoas, onde tudo o que é pensado, sentido, valorizado, seja controlado pela predominância de pensamentos. O problema é que algumas partes do corpo tendem a se rebelar contra o mesmo, mais ou menos como quando o coração diz que sim e a cabeça diz que não. A sociedade entra em colapso, uma doença, ou simplesmente uma mutação, sócio-psicológica do tal corpo imaginário, percebemos facilmente este fenômeno com a constante mudança de valores, as brigas dos mais diversos grupos por um reconhecimento perante os valores sociais, para sentirem-se parte do todo.
Acredito que as mudanças que ocorrem nos valores, são puramente isso, não mexem no que realmente está errado, a sociedade em si. Tentarei não me expressar de forma errada, acredito que a criação da sociedade, a socialização do homem, foi o maior feito do ser humano. A nossa soberania foi garantida pela utilização dessa ferramenta, e é nela que continua ocorrendo uma forma complexa de seleção natural, ao meu ver mais lenta.
Porém a parte instruída da sociedade falha em entender que o problema do mecanismo não tem solução, a sociedade nunca deixará de ser rígida, dificilmente se dobrará com a mesma velocidade que o pensamento humano estimulado tem mutações, criamos algo em que somos sujeito e produto, ao mesmo tempo. Somos moldados por ela e aos poucos tentamos moldá-la, sem termos a liberdade de pensamento necessária para crescermos como espécie, além de tudo, piorando a situação, criamos mecanismos de comunicação que falham, lacunas de não entendimento são deixadas, gerando desavenças desnecessárias por uma pura falta de compreensão.

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