segunda-feira, 8 de abril de 2013

envolvimento

Existem diversos tipos de envolvimentos amorosos, alguns acontecem depois de muito esforço por parte de uma pessoa, raramente resultam em algo duradouro e intenso. Outras vezes o envolvimento é resultado de uma química simples, as pessoas se dão bem e tem vontade de descobrir até onde pode-se ir, com mais frequência do que os envolvimentos citados anteriormente, estes geram relacionamentos, nem sempre amorosos e nem sempre intensos, nem sempre. Existe também a química física intensa, o que gera romances avassaladores porém, normalmente, curtos. Eles acabam tão rápido quanto se criaram e deixam, na maioria das vezes, uma sensação boa para trás, como um "dever cumprido".

Por fim falaremos da conexão que vai além da química física, esta gera o envolvimento mais intenso possível. Você perde o discernimento do que aquela pessoa significa para você, ela é o seu tudo. Você não consegue imaginar-se sem ela, qualquer coisa que aconteça lhe faz pensar: "O que ela diria? O que acharia e pensaria? Será que ela gostaria? Acharia engraçado?". Esses envolvimentos são realmente perigosos, tem os maiores potenciais, negativos e positivos. Frequentemente geram depressões quando acabam, tendências suicidas inclusive. Muitos argumentariam que um envolvimento desse seria desnecessário, afinal os riscos são grandes, e se der errado? Ah meu amigo, mas e se der certo? Diria quem um dia já amou assim.

Comparo o ato de se envolver, apaixonar, com uma piscada de olho. Quando o envolvimento é fraco e precisa de esforço é como se você quisesse piscar o olho e tivesse que pensar para fazer isso, um ato voluntário. Quando o envolvimento é simples, o ato é involuntário, seria uma piscada normal como as milhares que você dá durante o dia. A química física seria aquela piscada que você precisa dar, como quando você sente vontade de ficar piscando até uma coceira passar, pode gerar uma dor mas nada que dure muito. No último tipo de envolvimento seria como tentar manter seu olho aberto para sempre, inevitavelmente e mesmo contra a sua vontade você vai acabar piscando, vai acabar se envolvendo e se apaixonando, pois é impossível não acontecer. Digo mais, se tentar evitar vai acabar chorando.

3 comentários:

  1. Acho que o problema não é o tipo de envolvimento, o problema é o amor romântico. A gente só fica com medo de se apaixonar/envolver, por terem nos ensinado que junto com um sentimento tem de vir responsabilidades, expectativas. Se tivéssemos aprendido a viver nossos sentimentos sem esperar um retorno, apenas vivê-lo no momento em que ocorre, da melhor forma possível e se não for possível, não se prender tanto a isso, até porque nada é para sempre, as pessoas lidariam bem melhor com a rejeição, com o fim.
    Enfim, é tanta coisa que se a gente for repensar de verdade a forma como aprendemos que deveria ser, é meio estranha e a gente nem percebe.
    Talvez esse meu comentário esteja meio confuso, mas sei lá, foi sobre isso que o seu texto me levou a pensar.

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  2. Acho que me expressei errado se dei a entender que algum envolvimento é ruim, eles simplesmente são, acho desnecessária a necessidade de classificá-los. As nossas experiências fazem-nos, os diversos tipos de envolvimentos que temos com as mais diversas pessoas fazem parte disso, quis simplesmente falar um pouco sobre alguns tipos específicos de envolvimentos amorosos e os relacionamentos que são gerados deles. Apesar de ter abordado praticamente um de fato. Quis explicar um pouco do óbvio, de como as pessoas lidam de formas diferentes com términos de relacionamentos, porém também que essa não é a única variável para uma superação.
    Fiz uma explicação ampla, não detalhista mas sim implícita, sobre diversos fatores que podem tornar um término complicado, ou então como algumas pessoas simplesmente não conseguem evitar de apaixonarem-se, envolverem-se. Muitas vezes é mais forte que elas a atração do destino. Muitas vezes você se fecha tanto após uma decepção que precisa de um envolvimento desse tipo, como uma tsunami, para voltar a superfície. Para tudo na vida acredito que existam dois lados, ou mais, cada um com o seus próprios prós e contras.

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  3. Não acredito que o amor romântico seja um problema, acredito que o problema se encontra em uma palavra ter milhares de conceitos. A definição de amor é muito subjetiva, cada um define o quanto precisa gostar de alguém para amá-la, sabendo-se que é um sentimento muito forte, quiçá o mais poderoso, dizemos isso as pessoas que mais gostamos, porém a exigência vai aumentando com o tempo já que tendemos a comparar com amores antigos, por isso acredito que os mais velhos ironizam os jovens quando estes dizem que amam uns aos outros. Podemos ir além e tentar entender que além de cada um ter uma definição de amor, ainda que seja a mesma, não demonstramos da mesma forma e muito menos recebemos as demonstrações da mesma forma. Existe um abismo entre o que é pensado, o que é dito e o que é entendido, acredito que esse seja o real problema de todos os relacionamentos.
    Acredito que seja impossível para o ser humano amar sem esperar uma retribuição, mesmo que seja de atenção e carinho, acho um altruísmo impossível de ser atingido pela população humana, apesar de ser possível em pequena escala.

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