quarta-feira, 8 de abril de 2015

tic-tac

O que somos? Quem somos? Quantos já fomos?

A pessoa que lhes começa a escrever este texto será diferente da pessoa que o terminará, não porque haverá um outro autor, mas porque entre as linhas que aqui escrevo, onde as palavras dançam e se apresentam, vindo de dentro em um transe que alguns não entenderiam, as coisas e pensamentos se mostram e se arranjam de maneiras que, sem a escrita, não seria possível, causando em mim mesmo uma reflexão sobre o que aqui escrevo, mudando então, o sujeito que aqui escreve.

Mas então quem somos?

Se mudo tanto em tão pouco tempo ou pouco em muito tempo, mas mudo, como posso ter uma certeza sobre quem sou? Não posso. Tenho que me inventar.

Essa é a beleza da natureza, o dia termina só pra começar outra vez, um ciclo sem fim, mais 86.400 segundos para você, mas não só, para todos, para tudo. Quantos deles você realmente fez contar? Quantos deles você nem viu passar?

Dizem que tempo é dinheiro...
Tempo é rei,
Tempo é mestre,
Tempo é muito mais que dinheiro.

Tic-Tac.

O relógio toca, em compasso lento, só para lhe lembrar que a vida não espera por ninguém.
Hora de viver, de se reinventar, se descobrir e se conhecer.
Aprenda com a vida, que não espera por ninguém, e você aí, esperando quem?
O homem tudo pode, basta querer.
A peça complicada do quebra-cabeça fica quando não se sabe o que quer, ou quando não se quer de verdade, a ironia mora em como descobrir: vivendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário