domingo, 24 de outubro de 2010

te amarei para sempre

Era o dia do meu batismo, mas alguma coisa estava errada..
Eu tinha 18 anos, estava parado na porta de uma igreja, pequena por sinal, com um pequeno palco em forma de cruz no centro, ao meu lado estavam meu avô, meu pai, que estranhamente estava fumando, e uma criança que logo em seguida percebi ser uma versão mais nova de mim, uma versão com 4 anos. Foi então que percebi que estava sonhando, novamente um sonho estranho, em que eu tinha a capacidade de viajar no tempo, como no filme "Te amarei para sempre".
No meio da igreja, perto do palco, estavam minha mãe e um padre que não reconheci. Com um movimento de braço minha mãe me chamava:
- Vem Lucas.
Eu me dirigi ao centro, logo que comecei a andar ouvi meu vô resmungando ao meu pai:
- Isso não é hora nem lugar de se fumar.
Quando estava no meio do caminho, meu eu criança veio correndo pegou na minha mão e caminhou até o centro do meu lado, sorrindo para mim. Chegamos ao centro, segui a orientação do padre para ficar no centro do palco, quando olhei para o lado lá estava meu pai e meu vô observava de longe, com olhar de reprovação. Em seguida o padre disse:
- Levantem o braço direito em direção ao ombro direito do Lucas.
Todos levantaram, inclusive o meu eu pequeno, que sorria para mim enquanto cantarolava uma música, que eu só consegui decifrar uma parte "A de Alegria..", ele então não se conteve, olhou para nossa mãe e perguntou:
- Quem é esse moço mãe?
Minha mãe, com lágrimas nos olhos, disse:
- É uma pessoa muito especial, filho.
Percebi então que meu tempo ali estava se esgotando, os calafrios normais que antecediam o momento de partida começaram, eu então, chorando, peguei o pequeno Lucas no colo, entreguei-o a minha mãe, os abracei e disse:
- Nunca se esqueçam que eu amo muito vocês.
Acordei suando e com os olhos molhados, uma vontade de chorar imensa pesou sobre os meus ombros, eram apenas 9 horas da manhã de um domingo em que eu havia acabado de acordar, mas a vontade de dormir era imensa pela intensidade das emoções que me percorreram em tão pouco tempo.

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